MP denuncia 11 executivos por cartel em licitações da CPTM

MP denuncia 11 executivos por cartel em licitações da CPTM
Foto: Divulgação/CPTM
O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) denunciou à Justiça, por formação de cartel, 11 executivos de empresas do setor ferroviário e um funcionário da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). A denúncia envolve contratos firmados para o fornecimento de trens e materiais ferroviários na execução de três projetos da CPTM entre 2007 e 2008. De acordo o MP, as empresas dividiram entre si três contratos administrativos, combinando previamente as propostas apresentadas nos certames. Segundo informações da Agência Brasil, foram denunciados David Lopes e Wilson Daré, executivos da Temoinsa do Brasil Ltda.; César Ponce de Leon, Luiz Fernando Ferrari e Ruy Grieco, executivos da Alstom Transport S/A; José Manuel Uribe Regueiro, da CAF Brasil – Construcciones y Auxiliar de Ferrocarriles S/A; Carlos Levy, executivo da Bombardier Transportation Brasil Ltda/ DaimlerChryler Rail Systems (Brasil) Ltda.; Mauricio Memoria; Manuel Carlos do Rio Filho e Telmo Giolito Porto, da Tejofran – Empresa Tejofran de Saneamento e Serviços Ltda; Massimo Giavina-Bianchi, da T’Trans – Trans Sistemas de Transportes S/A; e Reynaldo Rangel Dinamarco, quer era presidente da Comissão de Licitações da CPTM. A acusação é resultado de investigação criminal com base em documentos encaminhados pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da análise das licitações, que demonstraram práticas anticoncorrenciais nas licitações. Todas as empresas e a CPTM, pela Agência Brasil foram procuradas, mas apenas a Tejofran respondeu e informou em nota que não foi notificada da denúncia e que participou de consórcios conforme permitido pela legislação. “A empresa obedeceu exatamente às disposições do edital e fez todos os serviços previstos em contrato, com preços competitivos. Esclarece ainda que se trata da mesma matéria que tramita no Cade, para a qual a empresa já apresentou defesa, ainda não julgada. E, conforme sua postura de seguir os mais rigorosos padrões éticos, se coloca à disposição das autoridades para todos os esclarecimentos necessários".