SAMARCO: 'NÃO É O CASO DE PEDIR DESCULPAS'



Do 247.


Apesar dos 11 mortos e 12 desaparecidos naquele que já é o maior desastre ambiental da história do Brasil e o mais grave incidente com uma mineradora no mundo, o executivo Kleber Terra, diretor de Operações e Infraestrutura da Samarco, revelou a face de uma empresa sem culpa; segundo ele, "não é o caso de pedir desculpas à população" e "ainda não é hora de discutir os efeitos de médio e longo prazo" do rompimento da barragem de Fundão; Polícia Federal entrará no caso para apurar responsabilidades pelo acidente da Samarco, controlada por Vale e BHP

Responsável pelo maior desastre ambiental da história do País, que deixou 11 mortos e 12 desaparecidos, além de contaminar o Rio Doce, um dos mais importantes de Minas, a Samarco, mineradora controlada pela Vale e pela BHP, não se sente culpada.

Pelo menos, foi o que disse seu diretor de Operações e Infraestrutura, Kleber Terra. Nesta terça, ele afirmou que "não é o caso de pedir desculpas à população" e também que "ainda não é hora de discutir os efeitos de médio e longo prazo" do rompimento da barragem de Fundão, que devastou o distrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG).

"Estamos muito solidários e sofridos com tudo o que aconteceu. Operamos com técnicas de monitoramento de barragens que são referência, portanto, não podemos dizer que a tragédia poderia ter sido evitada", disse Terra. Ele afirmou ainda que a empresa "não está poupando recursos" para investigar as causas do rompimento.

Sua posição, de certa maneira, já antecipa a defesa da mineradora, que além das indenizações bilionárias que terá de pagar, poderá ter executivos responsabilizados criminalmente. Nesta terça-feira, a Polícia Federal anunciou que entrará no caso para apurar quem são os responsáveis pela tragédia.